quarta-feira, 16 de abril de 2014

É possível.




Ando eu por aí a tentar recomeçar profissionalmente, neste contexto de ser considerada velha aos 54 anos, e dá-se o caso da minha mãe.

Bom, já vem de há um ou dois anos. Para nós, não é novidade. Mas hoje tornou-se visível para muito mais gente, fora do círculo dos amigos e conhecidos, alguns fãs. Por causa da reportagem da Sábado (foto).

Seria impensável pensar que uma professora reformada, sem grandes projectos para o futuro senão o de resistir com entusiasmo, resultado do usufruto do dia-a-dia, dumas viagens a destinos desconhecidos e do apoio fundamental à vida de filhas e netos, iria descobrir, aos 78 anos, um skill novo. 

Não só o skill mas o fazer algo completamente diferente. Fazer mesmo.

Digamos assim, quando foi confrontada com a hipótese, alinhou. 
Não se cortou. Não se fechou. Teve medo mas… lá foi. Com humor. E amor.

Este exemplo portas dentro dá-me esperança no futuro. Na sua possibilidade.

Não foram só os vídeos. Em menor escala, neste último ano, a minha mãe também participou num workshop empresarial partilhando a sua experiência enquanto professora e num focus group que discutiu serviço ao cliente nas telecomunicações. 
É preciso sair de casa. É preciso dar. Confiar.

Por isso, caminhando os tempos para modos difíceis de funcionar quanto a tirar algum rendimento que permita sustentar o corpo e pagar as contas, este episódio da vida da minha mãe funciona como um exemplo de que é possível mudar

Confirma a crença no ser humano que coachers e especialistas em gestão de pessoas apregoam. 

É possível arriscar, ousar, atrever, não ter medo de não sair logo tudo bem.
É possível fazer diferente daquilo que fizemos, para que supostamente fomos preparados ou então talhados pelo destino.

Este exemplo mostra que a idade não tem que ser um limite intransponível, como alguns insistem. Só somos velhos desactualizados se quisermos.


A minha mãe, num acaso improvável, mostrou que é possível.

1 comentário:

  1. Obrigada, filha. Para além de tudo o que referiste, o que me deu mais energia para fazer estes vídeos foi o amor de avó.

    ResponderEliminar