quinta-feira, 13 de março de 2014

Mistura

Já passou um mês desde que lancei o Tripolar. Um mês passa normalmente a correr.
Escrevi dez textos, nem sempre com o resultado pretendido. Acho que reflectem a minha situação actual.
Ando a experimentar esta nova vida. Com passos à frente e passos atrás (literalmente).



À parte a questão financeira que tem o seu peso na ansiedade interior, estou a gostar do poder que sinto. Decido o que faço e pequenas coisas que vou cumprindo no meu mapa constituem pequenas vitórias interiores. Só minhas.


A liberdade nos horários é agradável mas tem que haver mesmo disciplina para um dia não ser "perdido". Porque gostava que todos os dias fossem produtivos. Sinto que ainda não perdi nenhum. Talvez seja um exagero, resultado da minha educação católica que assenta na culpa. Culpa se não fiz um contacto ou não escrevi nada ou não estudei algo novo ou não limpei ou arrumei qualquer coisa em casa.

Ando sempre ocupada.

Por outro lado, o não estar empregada, presa a um escritório, permite planear uma volta de bicicleta maior num dia de semana ou participar num evento à tarde.


E não utilizar o carro em Lisboa a não ser num caso excepcional.
Tenho gostado muito de viajar de metro. O nosso metro, mesmo neste contexto em que tende a perder qualidade no serviço, é muito bom. De onde moro consigo chegar a quase todos os sítios dentro da cidade.

Existe o caminhar ou pedalar. Enquanto o puder fazer, estou salva. Só tenho sido menos pontual porque ainda calculo mal os tempos...

No caminho para encontrar um modo de vida profissional, tenho procurado misturar.


Misturar temas e pessoas. Tentar relacionar o improvável. Atrever-me a algo não convencional.
Uma coisa já percebi. Não posso deixar que tudo o que já foi feito me faça desistir.

Esta é uma questão difícil. Quando acho que tive uma ideia original, facilmente descubro, com uma simples viagem na World Wide Web, que já alguém a teve.

Aqui, o risco de desistir é elevado. Por isso, há que conseguir equilibrar o estar actualizado, o conhecimento, com o nosso próprio raciocínio e a nossa crença num projecto. E correr o risco de continuar.


2 comentários:

  1. Gosto do teu estilo de escrita. Partilho essa visão das coisas.

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  2. O exercício fisico faz tão bem à mente!
    Programar cada dia é importante mas, nem sempre conseguimos concretizar...ça dépand!

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