sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Perdas.

Acordo mais cedo, está nevoeiro e chove. Foi assim toda a noite. O sono não foi profundo, fui ouvindo a chuva cair, bater algures.

O tempo combina com a tristeza destes dias. Feitos de perdas.


O cancro, o maldito cancro, continua no seu caminho de destruição. Cada vez que me ligo, há mais uma morte de gente conhecida. 


Outros, ilustres, não resistem à idade avançada,mas aí é a natureza a funcionar.
Não há vida eterna por aqui.


O que chateia realmente é ter a sensação que a morte só leva os bons.
A morte cada vez mais banalizada no mundo. Quando não é próxima. Mais um ataque contra jovens, contra a educação, contra a liberdade, levado a cabo por assassinos talibans, no Paquistão. Mais um.


Estou a ler Submissão, do Michel Houellebecq. Está lá tudo. Esta sociedade...


Em Davos, os ricos minoritários donos disto tudo, terão batido palmas a Leonardo Di Caprio quando discursou ontem? Ouvirão as palavras de Francisco para não esquecerem os pobres?


Quem pensaria, há poucos anos, que estaríamos, no século XXI, a discutir a desigualdade, qual Idade Média?

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