sábado, 24 de setembro de 2016

23 de Setembro.

Regressei a casa por Monsanto. Fujo ao trânsito infernal da cidade, sexta ou não, e atravesso o verde. 

Quando viro para descer pela Ajuda para Belém, aparece sempre surpreendente a vista fantástica do rio, do mar, da Arrábida, tudo belíssimo. Vê-se as ondas a rebentar entre a Trafaria e o Bugio.

Nunca parei neste caminho, não dá para encostar sem atrapalhar o trânsito. 

De qualquer modo, o que vejo nunca caberá numa imagem. 

O rio está sereno, azul esverdeado, lindo.
 
Mas na rádio as notícias são muito más. Um dilúvio de bombas em Aleppo, se é possível ainda destruir mais. Só hoje, nestes bombardeamentos, morreram 91 civis. 


Hoje, enquanto eu estive numa reunião, comprei fruta, regresso a casa, soube dos meus. 

Quantos serão crianças, velhos, novos? Bombardeamentos do governo sírio com apoio dos russos para acabar com a oposição, dizem. Sinto um aperto perante este horror.
Como continua!!???

As Nações Unidas morreram. Obama falhou. Putin não tem alma. Bashar é um assassino. O Daesh a barbárie total. A UE um escombro de gente sem rumo. 

Estamos sós.

Será que o céu em Aleppo estará também azul? Ninguém devia morrer sob um céu assim. 

Nesta foto, do ataque desta semana à coluna de ajuda humanitária à população de Aleppo, espreita o azul do céu.

Francisco existe mas está por sua conta. E Deus, onde anda?




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