Onze anos e meio e muitos quilómetros depois, acho que este foi o último grande percurso das minhas amadas botas.
Agora permanecem na varanda com o objectivo de secarem bem. Comprei uma cola super forte que me garantiram colar a sola. Esta, sem aviso, descolou precisamente quando, lá em baixo, em plena Fajã d 'Além, na magnífica ilha de S. Jorge, me preparava para iniciar a íngreme subida, depois de terem resistido à dura descida debaixo dum autêntico dilúvio.
O baraço azul encontrado no chão salvou-me aguentando-se até ao fim do caminho, pedra após pedra.
Será que recuperam? Ou a confiança está perdida?
A verdade é que ainda não me atrevi a tentar repará-las com receio de estarem incapazes para novas aventuras.
Nestas andanças, as botas fazem parte de nós e deviam ser eternas!
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