Em geral, a seguir a um desses dias segue-se um melhor e tudo parece outra vez viável.
Desde miúda, resultado da minha educação fortemente católica, que quando me sinto feliz - ou o mais aproximado disso -, pressinto a possibilidade de vir a acontecer uma coisa má, qual punição.
Desde sempre que vivo com esse sentimento de culpa quando estou bem, nos momentos felizes.
Sei que é uma estupidez mas é algo que depois acaba por se confirmar.
A vida faz-se assim de altos e baixos. Felicidade e infelicidade. Harmonia e desarmonia.
Os dias têm passado velozes entre a irregularidade da vida e o improvável que acontece.
Marcados pela beleza dos jacarandás em flor de Lisboa.
Lisboa azul e lilás ao olhar para cima. Lisboa cinzenta e lilás ao olhar para baixo.
Ando a ver se não escorrego.
Na calçada portuguesa, claro, sempre com pedras soltas, aqui e ali. Como a vida.
E, nos dias maus, temos os jacarandás... para nos salvar.
somos invadidos por uma alegria imensa e paz incontida, quando olhamos os enormes tapetes de jacarandás....
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