Esta frase foi-me dita
por Aida
Chamiça, uma cotada executive and team coach, que tive a oportunidade de conhecer num programa de coaching e
liderança em que participei nos últimos meses na empresa.
Com o meu habitual cepticismo
relativo a este tipo de coisas, tinha iniciado o dito programa desconfiada da
sua utilidade. Houve uns dias em grupo que foram interessantes, com colegas de
que gostava, e que não acabei porque saí entretanto. Nada de especial.
Mas o que quero referir aqui
é o coaching individual feito de conversa, one
to one. Ou de nós falarmos para alguém que escuta activamente e faz uma ou
outra pergunta, como se não fosse decisiva. Interrogações que criam desconforto
e a que podemos não saber responder.
Como por exemplo, numa
escala de 0 a 10, onde está o seu medo?
Onde estava o meu medo, no momento em que acabava de deixar quase 13
anos de vida dedicados àquela organização, ainda tão a quente, numa mistura de
sentimentos violentos, e começava outra vida, sem saber qual, sem saber nada?
Duas ou
três questões perfeitamente adequadas, resultado do meu próprio pensar, foram fundamentais para me dar confiança, para me dizer aquilo que eu própria sabia mas podia não relevar. Como que todas as perguntas sobre o futuro, todas as interrogações ainda sem
resposta são oportunidades imensas de criação.
Estas interrogações, colocadas de forma tão serena, deixaram-me a fervilhar por dentro.
O vazio não aconteceu. O
vazio está a ficar cheio. Esse cheio é um recheio que tem evoluído e mudado
amiúde, num caminho entre a confusão e a clareza. Afinal, só passaram três meses.
Nestes últimos dias,
comecei a pensar como me tem provocado um enorme gozo interior saber se vou ou não (ainda não duvidei que sim) ser capaz de concretizar novas coisas,
diferentes.
Dou por mim, a caminhar com um sorriso nos lábios, feliz. Sem medo
apesar do medo que acho devia ter. E algum tenho. Mais por obrigação porque não o sinto realmente. Nunca fui muito de medos, é certo.
Face à actualidade, tudo pode falhar mas, para já, acredito. Obrigada, Aida. Obrigada a outras pessoas de que falarei no próximo texto.
Que bom é não ter medo.
ResponderEliminarNão sei se não o tenho. Neste momento, não o sinto. Mas acho que é uma inconsciência...
EliminarGostei muito. É essa inconsciência sã que a vai manter fresca para a vida! Um abraço
ResponderEliminarPois eu tenho e digo que tenho, sem medo. Todos temos. Mas os melhores enfrentam-no. Força nisso!
ResponderEliminarQuerida Marta, todos temos. Aqui, falo dum medo específico que tem a ver com uma crença em nós, na nossa capacidade de fazer, que sinto neste momento. Uma espécie de liberdade interior. Pode mudar a qualquer momento mas espero que dure muito mais tempo.
EliminarTenho medo de muitas coisas como as catástrofes da natureza e a guerra global que aí vem... e que aconteça alguma coisa má às pessoas que amo...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminartemos que viver cada dia que passa e chegar ao fim do dia com o sentimento de "missão cumprida"!
EliminarSem medo e com uma boa dose de alegria...